Passei a gestação com o fantasma da hidrocefalia
25.04.2014
Flávia Sá
Mãe do Luiz Henrique (2 anos)
♥ Recebeu o possível diagnóstico de hidrocefalia, mas tentava acreditar que poderia apenas estar gestando um bebezão!
Que emoção poder contar um pouco do que vivi com o meu pequeno antes dele nascer. Eu estava com 32 semanas e a fui passar o Ano Novo na Disney com a minha família, a viagem tinha sido liberada pelo médico, pois estávamos super bem.
Na semana antes de viajar, fiz um ultrassom e estava tudo bem. Faltando dois dias para eu retornar para o Brasil, meu GO (ginecologista) ligou no meu celular, perguntou como eu estava e quando eu voltaria. Pediu para antes de eu voltar para Vinhedo, que passasse com ele em SP. Eu achei a ligação dele estranha, mas achei que fosse um cuidado do meu GO conosco.
Chegamos ao BR e, no dia seguinte, fomos ao consultório, meu marido sempre foi nas consultas. E ai começou meu desespero.
Ele nos falou que o médico que fez o ultrassom tinha ligado para ele e que constatou um aumento do atrioventricular lateral direito e esquerdo do cérebro do bebê. Eu questionei o que era isto.
E como foi duro escutar a sua resposta…
Ele nos explicou que era o líquido que temos no cérebro e que seu aumento pode provocar diversas lesões, como a hidrocefalia.
Pensa numa mãe sentindo seu mundo desabar escutando aquelas possibilidades…
Mas, ele também deixou claro que, naquele momento, não significava ainda nada, principalmente porque como meu bebê era bem grande, ele fugia de todas as “tabelas” da medicina.
Saí do consultório arrasada, graças a Deus meu marido estava comigo, mas eu perdi meu chão. Ele me pediu para não contarmos a ninguém antes de sabermos o que estava acontecendo.
A partir daquele momento, começamos a fazer ultrassons semanais e sempre com o mesmo médico que fez o diagnóstico. E que médico maravilhoso e cuidadoso do laboratório!
A cada semana, íamos medindo o líquido, que não diminuía, mas também não aumentava, e os médicos falavam que isto estava bom, não podia aumentar.
Ficar com este medo e sentimento sem contar para a minha família foi muito difícil, mas eu tinha prometido ao meu marido, e ele, mais que nunca, estava sendo um MARIDÃO. Tenho muito que agradecer a ele.
Outra coisa que me ajudou muito foi ter FÉ. Orei muito, fiz promessa, conversei muito com Deus e isto me confortava muito.
Fui para o parto do Luiz Henrique morrendo de medo e angústia mas, ao mesmo tempo, eu tinha fé que meu menino era apenas um BEBEZÃO e que tudo aquilo foi apenas um GRANDE susto.
A cesárea ocorreu super bem, o Luiz Henrique chorou logo ao nascer e a pediatra que nos acompanhava (levamos uma particular) examinou ele e veio falar comigo imediatamente… “Parabéns, seu filho é perfeito, ele realmente é um BEBEZÃO!” (ele nasceu com 3.300 kg e 51 cm).
No dia seguinte, ele fez uma ultrassonografia e realmente foi comprovado que estava tudo bem.
Então, eu quis dividir com vocês minha história para acreditarmos que tudo é possível. Para não nos desesperamos imediatamente (que foi o meu caso). Tomar cuidado com o que lemos na Internet (meu caso, pois só lia desgraças) e, acima de tudo, que temos que ter muita FÉ e que nossos filhos podem, sim, ser “Fora da Curva nas Tabelas da Medicina” rs.
Em março, meu pequeno completou dois aninhos! (veja aqui a festa que a Flávia preparou para ele com o tema da Peppa Pig)
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