Evite essas atitudes para garantir a autoestima do seu filho

10.09.2018 – Você já parou para pensar nos efeitos que as punições e bajulações podem causar no seu filho, a longo prazo? Punir a criança pode passar a mensagem de que ela merece ‘sofrer’ pelos seus erros. Já bajular pode condicionar o(a) pequeno(a) à aprovação alheia. É o que explica a coach e consultora em educação não-violenta, Maria Clara Freitas, no texto abaixo. Evite essas atitudes para garantir a autoestima do seu filho!

 

Maria Clara Freitas
Mãe do Gabriel, coach e consultora em educação não-violenta. No site Mães Amigas, escreve sobre Disciplina Positiva, área na qual possui especialização.

Instagram: @coracao.materno
Site: www.mariaclarafreitas.com

 

 

Pensa comigo: como o seu filho deve se sentir quando é punido porque cometeu um erro? Será que ele sente que o mundo é um local seguro e que ele pode se arriscar, se aventurar e errar, pois mesmo assim continuará sendo amado? Dificilmente.

Quando nós, adultos, punimos uma criança por mau comportamento, podemos passar a mensagem de que ela não é uma boa pessoa. Que merece “sofrer†pelos seus erros. Além disso, nós a incentivamos a ficar em sua zona de conforto, a não se arriscar. Essa situação pode se estender até a vida adulta, como quando chega o momento do indivíduo tentar um novo emprego, por exemplo.

 

“Quando nós, adultos,

punimos uma criança por mau comportamento,

podemos passar a mensagem de que ela não é uma boa pessoa”

 

Qualquer forma de punição afeta a autoestima dos nossos filhos. Isso porque eles ainda são muito pequenos para entenderem a diferença entre uma “bronca†pelo seu comportamento e o amor e aceitação que os seus pais têm por eles.

Mas a situação não significa que eu deva permitir que o meu filho faça o que bem deseja e não se responsabilize pelos seus atos. Bajular também afeta a autoestima dos pequenos, que podem se tornar viciados em aprovação externa, ao invés de confiarem em seu próprio julgamento.

 

“Bajular também afeta a autoestima dos pequenos,

que podem se tornar viciados em aprovação externa”

 

“Ué, mas o que eu devo fazer então?”. A resposta é razoavelmente simples: praticar a empatia! Como você gostaria que o seu chefe, cônjugue ou mãe agissem quando você comete um erro? É com gritos e autoritarismo ou com compreensão e gentileza? Você já pensou nisso?

Quando nós temos uma autoestima saudável, confiamos em nosso potencial, nos arriscamos em novas oportunidades e até mesmo assumimos e enfrentamos os nossos erros e limitações. O sentimento também nos ajuda a respeitar o espaço do outro, já que não nos sentimos ameaçados por ele.

É claro que existe uma grande diferença entre ter uma autoestima saudável e ser orgulhoso ou prepotente. Não é disso que eu estou falando, mas sim daquela sensação de “eu confio em mim”, “sei que eu posso ser melhor” e “não preciso passar por cima de ninguém, pois o meu espaço está garantido no mundo”.

 

Disciplina Positiva

Baseada nos escritos da psicóloga e educadora Jane Nelsen, ensina habilidades sociais e de vida para crianças, adolescentes e adultos. Visa construir relações nas quais não existe uma autoridade, no sentido de hierarquia, mas sim o equilíbrio entre gentileza e firmeza. Na relação entre pais e filhos, especificamente, a criança é tratada com o mesmo respeito que um adulto, o que lhe possibilita aprender num ambiente de liberdade e colaboração na definição das regras.

 

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