Overdose de Xuxa
28.06.2013
Xuxa Circo, Xuxa Cinco, Xuxa Circo, Xuxa Cincooooooooo!!
É quarta-feira. Lá fora chove torrencialmente e o frio não da trégua.
Aqui dentro? Bom… aqui dentro rola, pelo milionésima vez, o DVD “Xuxa Circo”. Ao ponto de enlouquecer, começo uma negociação com Laura:
– Amor, vamos ver o Mickey agora?
– Xuxa, Xuxa, Xuxaaaaaa.
– Não… a Xuxa tá cansada, ela vai dormir e já volta.
– Sasha, Sasha, Sashaaaa.
– Mas amor, a mamãe não aguenta mais esse DVD.
– Paaço, paaço, paaçooooo (leia-se: Palhaço).
– Laura, vamos combinar uma coisa, então: a mamãe coloca só mais uma vez e depois acabou, tá?
– Xuxa? Sasha (ama a parte em que Sasha canta!)? Paaço?
E solta um sorriso como se estivesse vendo o bendito DVD pela primeira vez!
Já são 11h da manhã e a Xuxa toca, incansavelmente, desde as 8h30.
– Pronto! Agora vamos assistir Pingu.
– Nãooooo… Xuxa, Xuxa, paaço, Xuxa, paaço…
Neste momento, me pergunto onde estará o manual… precisamente a parte que fala sobre “dispositivo de voz enroscado”.
Cedo mais uma vez! Depois as pessoas falam que mãe é permissiva e faz todas as vontades dos filhos. Não! Na verdade a gente cede para preservar a sanidade mental (se é que ainda me sobrou alguma… rsss)
Aproveito que a pessoinha tá sonada e desligo! Ela dorme. Ufa! Porémmmm, abraçada com o encarte do DVD e, as últimas palavras até encontrar, de vez, os braços do Morfeu são: Xuxa, Xuxa, paaço. Coloco-a no berço e em 30 minutos acorda e…. Xuxa, Xuxa, Xuxa!!! Será que eu piquei cebolinha na tábua dos 10 mandamentos!!?? Confesso que, às vezes, tenho vontade de procurar o balcão de devoluções da maternidade… brincadeirinha… rss
Ser mãe é: Ao final do dia, depois de uma overdose de Xuxa Circo, ir até o shopping só para comprar um chapéu e nariz de “paaço”, gastar mais com estacionamento do que com a mercadoria, voltar para casa e ver uma alegria imensa do tipo que dinheiro nenhum paga! Apresento-lhes minha palhacinha estilizada!
PS: No texto, omiti a parte em que o nariz, por ser de espuma e grande, não encaixava no nariz dela, caía toda hora! Ela querendo o nariz, o nariz caía, ela chorava, eu tentando tirar dela pra fazer uma gambiarra, e ela não soltava de jeito nenhum e reclamava: “iz, iz, apô, apô” (tradução: Põe o nariz). Olha… como diria nosso amigo Luciano Huck… loucura, loucura, loucura! Confesso que me arrependi do agrado… kkkkkkk
Ah, e este post foi escrito numa quarta, e vc está lendo numa sexta, para e pensa que a luta pelo nariz permanece até hoje aqui em casa… kkkkkkkk