“Não deixem de usar a cadeirinha, pois a minha filha foi salva por ela”
14.05.2018 [Repostado em 05.06.19]
Era 30 de abril de 2018, véspera de feriado, quando a fisioterapeuta Genai Latorre, 37, e a filha Luise, 3, sofreram um grave acidente de carro enquanto voltavam de uma visita aos pais de Genai, que moram em Avaré/SP, para a capital paulista. Na ocasião, Luise sofreu uma fratura exposta no pé e perdeu dois dedos do pé direito. Já a mãe fraturou a costela e teve escoriações. Passado o episódio, Genai passou a alertar outros pais: “Não deixem de usar a cadeirinha, pois a minha filha foi salva por ela”.
Genai Latorre, mãe da Luise (3)
♥ “Não deixem de usar a cadeirinha, pois a minha filha foi salva por ela”
“No último dia 30 de abril, eu e minha filha voltávamos da casa de meus pais, que fica em Avaré, para São Paulo. Nós conversámos tranquilamente. Eu estava a, no máximo, 80 km por hora, com as duas mãos no volante e não havia ninguém na minha frente. Sem explicação, perdi o controle, capotei e bati no guardrail. O carro tombou de cabeça para baixo, no meio da estrada. Eu e a Luise saÃmos pelo vidro da frente e corremos para o acostamento. Dois carros que estavam próximos pararam na hora e nos socorreram. Entre eles havia um médico, que examinou a minha filha de imediato e envolveu o pé dela em uma toalha. Cerca de dez minutos depois, o resgate chegou e nos levou a um hospital da região.
Um ortopedista examinou a minha filha e disse que ela deveria ser submetida a uma cirurgia. Aguardamos algumas horas, já que ela havia acabado de mamar e, nesse intervalo, ela fez todos os exames. A operação durou uma hora e meia. No final, o médico me contou que ela havia perdido a ponta de dois dedos no acidente. Eu, por minha vez, sofri apenas uma fratura de costela e escoriações. Tivemos alta no dia seguinte.
“Confesso já ter andando de carro com a Luise sem ela estar na cadeirinha ou sem estar presa da forma correta, mas no dia do acidente, ela estava sentada adequadamente – o que com certeza foi fundamental para que algo pior não tenha acontecido”
Confesso já ter andando de carro com a Luise sem ela estar na cadeirinha ou sem estar presa da forma correta, mas no dia do acidente, ela estava sentada adequadamente – o que com certeza foi fundamental para que algo pior não tenha acontecido. Desde então, deixo o meu alerta a todos os pais: “Não deixem de usar a cadeirinha, pois a minha filha foi salva por ela”. Prendam os seus filhos ao banco de forma correta, mesmo que seja para ir a um lugar perto ou que seja rapidinho. Nós achamos que nunca vai acontecer conosco, mas acontece!
A recuperação da minha pequena tem sido um pouco dolorosa, mas graças a Deus, estamos evoluindo bem. Às vezes, é como se passasse um filme na minha cabeça sobre tudo o que aconteceu. Tem sido difÃcil a parte de não caminhar, porque a minha filha ainda não entende muito bem o que passamos. Ela sabe apenas que sofremos um acidente e até conta isso à s pessoas. No começo, ela chorava de dor; agora, chora porque não pode colocar o pé no chão.
Sinto um misto de alegria e tristeza. Poderia ter acontecido algo pior, eu sei, mas fico mal por ver as dificuldades que ela está vivendo agora. Apesar disso, sei que essa fase ruim vai passar. Ela não terá sequelas, pois os tendões estão preservados: é apenas uma questão de estética mesmo. As cicatrizes, acredito, vão servir para nos lembrar do quanto Deus é bom e do quão fortes somos! Para a Luise, vou contar que essa data marca o dia em que o Anjinho da Guarda veio cuidar dela e da mamãe com carinho. Sou grata por ter a minha filha comigo hoje, apesar de tudo.”