Músicas infantis… o que seu filho ouve?
25.09.2013 – Nosso tema de hoje nos levará às expressões corporais! Música… quem não gosta? Eu mesmo, quando ouço, já dá uma vontade de dançar, cantar… de se soltar!! Me sinto livre quando ouço música.
Se olharmos para a História, os ritmos sempre nos acompanharam. Pessoas dançavam para todos os fins e até para mostrar alegria e agradecimento a Deus, pelos seus feitos grandiosos.
Hoje, em nosso tempo, o que poderíamos dizer sobre os ritmos? Há um vasto repertório de ritmos e estilos disponíveis e o que te chama mais a atenção quando você ouve uma música? Geralmente, nos prendemos ao ritmo, ao toque que aquela música proporciona e esquecemos de analisar aquilo que estamos cantando, ou seja a letra.
Ahhhh a letra! Quantas pessoas param para analisar as letras das músicas atualmente? Mas, infelizmente o que nos pega e agrada no ritmo não traz nenhum valor moral ou agrega mensagens boas. Vou aos exemplos: os polêmicos funks! O ritmo é legal e convidativo à dança, mas a letra… estraga todo o conteúdo.
Gostaria de contar uma experiência profissional com relação a isso. Há um tempo, fiz com um grupo de adolescentes, uma conversa sobre esse assunto e especificamente sobre o ritmo funk. Era um grupo que adorava esse estilo de música, ia para as baladas e tudo mais. Peguei a letra de uma música daquelas que eles mais gostavam e comecei a ler com eles frase por frase. Quanto mais eu lia, e os palavrões, depreciação da mulher, apologia ao crime e sexo, entre outras coisas, apareciam, percebi que os adolescentes começaram a ficar envergonhados e perguntei o que estava acontecendo. Eles, de certa forma, ingênuos, me disseram: “Estamos com vergonha de ouvir você ler essa música, ela fala muito besteira!” (se quiser, leia a letra de “Só as cachorras”, do Bonde do Tigrão).
Comecei a mostrar para eles que, a partir daquilo que ouvimos, nós replicamos quando cantamos aquela música e, consequentemente, aprovamos o que está sendo dito. Se a música fala “suas cachorras ou popuzudas”, está se referindo a todas as mulheres, e você, que é mulher, quer ser reconhecida como tal na rua? Isso acaba gerando um ciclo de violência, pois na mente insana das pessoas, mulher – cachorra – popozuda – posso fazer o que quiser – inclusive bater, estuprar etc, etc. As associações na nossa cabeça vão acontecendo em ritmo acelerado, assim como nas músicas, pense nisso!
Eu sou uma mulher de valor e quero ser reconhecida como tal, e você?
E as músicas infantis?
Assunto polêmico esse também…. Mas vou deixar para a consciência de cada uma das pessoas que lerem esse texto fazerem as suas reflexões. Só uma dica: prestem atenção às letras das músicas do grupo Palavra Cantada, da própria ilustre Galinha Pintadinha, que em uma das músicas fala que “a galinha ficou doente e o galo nem ligou”, “Nana neném que a CUCA vem pegar”, “Atirei o pau no gato” (cuidado com o maltrato aos animais), entre outras, e, para completar vou deixar um relato que aconteceu com meu filho.
Meu filho estava com 1 ano de idade e frequentava a escolinha. Na hora do soninho, as tias cantavam a música do bicho-papão que ficava em cima do telhado. Depois de um tempo, esta música começou a causar um trauma nas crianças da turma do meu filho, pois eles achavam que tinha um bicho-papão nos telhados das casas. As crianças choravam desesperadas quando saiam para a área de sol da escola com medo do tal bicho, até que uma tia teve que simular uma subida ao telhado e mostrar para todas as crianças que não existia bicho algum.
Fica a dica!
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