Meu filho prende o cocô, e agora?
Thais Barros Rocha
É psicoterapeuta há pouco mais de 10 anos, graduada pela UFSCar (São Carlos-SP), especialista em Psicologia ClÃnica Comportamental e Psicoterapia Infantil (ITCR– Campinas-SP).
28.07.2015 – O cocô é uma fonte de informações adicionais sobre a saúde da criança. Observar o cocô nas trocas de fraldas, ou antes de dar a descarga deveria ser um importante hábito para os pais, que devem ficar atentos a alterações.
Meu filho prende o cocô, e agora?
Os bebês aprendem que fazem cocô traz atenção e satisfação por parte de seus pais e o contrário disso é verdadeiro, ou seja, não conseguir pode gerar ansiedade, levando a criança a prender mais o cocô, ter medo de ter dor, chorar, conseguir evacuar só quando coloca a fralda, ou nem assim.
A consciência da dificuldade a leva a sentir-se envergonhada perante os outros, incapaz, isolada e irritada.
Alterações em relação a segurar o cocô podem denunciar dificuldades das crianças em lidar ou entender algumas situações, como:
– alterações de rotina (nova escola ou o nascimento de um irmão)
– falta de limites,
– medo do vaso do sanitário
Se criança está com dificuldades para fazer cocô, os pais devem observar se ela está familiarizada e tranquila com os estÃmulos envolvidos nesse processo, ou seja:
– com a observação dos pais no uso do banheiro (a imitação é o modo mais comum para aprendizagem, em geral)
– com seu penico (é legal que os pais permitam a criança sentar com roupa, colar adesivos, colocar os bonecos fingindo que fazem cocô)
– com o “fim do cocô” (a criança deve saber que o cocô vai para o esgoto e só as coisas pequenas vão com a descarga.
Isso acontece com tempo e quando todos esses estÃmulos vão sendo associados a sentimentos positivos e gostosos, como ler um livrinho para se distrair no banheiro na presença da mãe e sentado no pinico, brincar de dar tchau para o cocô, trazer alguns brinquedos para o banheiro.
Enfim, o “fazer cocô” deve ser tratado com naturalidade, mas, se for necessário, é preciso tornar esse momento lúdico e agradável para as crianças. Os pais devem sempre valorizar e comemorar quando ela consegue, ser afetivos e principalmente, pacientes. Portanto não se esqueça de nunca demonstrar frustração ou irritação.