Crianças a partir de 2 anos de idade têm que fazer escolhas

31.07.2018 – Nas famílias que eu presto consultoria em educação não-violenta, percebo que existe um ciclo vicioso que funciona da seguinte maneira: os pais, com todo o amor e calma do mundo, pedem, conversam e até mesmo imploram para os filho fazerem algo ou obedecerem às regras. Depois de alguns minutos, diante da total desconsideração dos pequenos, eles acabam perdendo a paciência – afinal, ninguém é de ferro – e se vêem gritando e sendo autoritários.

A poeira abaixa, os pais se arrependem, sentem-se culpados e voltam a pedir, conversar e implorar pela colaboração dos pequenos. Até que nada acontece, eles se irritam e lá vai o autoritarismo dar as caras de novo. Isso te parece familiar? Na Disciplina Positiva, umas das ferramentas usadas para contornar essa situação é o que nós chamamos de Escolhas Limitadas.

 

Maria Clara Freitas
Mãe do Gabriel, coach e consultora em educação não-violenta. No site Mães Amigas, escreve sobre Disciplina Positiva, área na qual possui especialização.

Instagram: @coracao.materno
Site: www.mariaclarafreitas.com

 

 

Crianças a partir de 2 anos de idade têm que fazer escolhas

Nossos filhos sentem-se muito mais propensos a ajudar e a colaborar quando eles percebem que são ouvidos e que tiveram participação nas escolhas das regras.

Além disso, as escolhas limitadas vão estimular as crianças a decidirem e a lidarem com as consequências de suas decisões. Isso possibilita que elas se preparem para as escolhas que precisarão fazer no futuro, como a profissão a qual elas se dedicarão, por exemplo. E como funciona?

O conceito é bem simples. Sempre que for a hora de realizar alguma atividade, como tomar banho, você pode dizer para o seu filho: “é hora do banho. Você quer ir com o papai ou com a mamãe? Você decide!”. Na hora do almoço, você pode dizer: “é hora do almoço. Você quer comer no prato azul ou no prato vermelho? A escolha é sua!”.

Conforme o seu pequeno for crescendo, as escolhas podem tornar-se mais amplas, como por exemplo: “Você quer tomar banho antes ou depois do jantar? Você decide!”.

O que mais conta nesses momentos é a nossa postura. Caso o seu filho diga que não quer nenhuma das opções, responda “eu te entendo, mas é hora do banho. Você quer ir com o papai ou com a mamãe? Você decide”. Permaneça firme e
gentil, ao lado dele.

Respire e certifique-se de transmitir amorosidade, sem elevar o seu tom de voz ou fazer expressões de desaprovação. Apenas repita as emoções de forma consistente! Você pode se surpreender com a diferença de comportamento do seu filho
quando ele sente que tem voz e poder de escolha.

 

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