Trigêmeas univitelinas?? Sério mesmo??
24.10.2013
Â
Cristina Barbosa
Mãe das trigêmeas Aline, Caroline e Gabriele (1 ano e 9 meses)
♥ Fez várias tentativas de reprodução humana até que engravidou… de trigêmeas!
Sempre planejei muito tudo, e no amor não foi diferente. Em 2005, conheci meu marido, namoramos quase três anos e, nesse perÃodo, conforme nosso planejamento,  adquirimos nosso cantinho. Casamos e o próximo passo seria nosso baby. O que não estava em nosso planejamento, era que poderÃamos não conseguir esse nosso objetivo sozinhos, até porque não imaginávamos como é comum, casais que recorrem à ajuda da reprodução humana.
Pois é minha história de mãe e, principalmente, mãe de trigêmeas (porque não dá pra omitir esse grande detalhe… rs) começa aqui! Após um ano de casados e de tentativas sem sucesso de gerar nossa sementinha, percebemos que não dependeria apenas de nós, a vinda do nosso bebê. Com a preocupação de que, a cada ano que passa, fica mais difÃcil engravidar, buscamos um médico especialista em reprodução humana para nos ajudar, e foi ele quem fez toda a diferença.
Aparentemente foi por acaso, mas Deus, com certeza, guiou minhas mãos e cheguei ao nome do Dr. Georges na Internet. Consulta marcada, decidimos que tÃnhamos encontrado “o cara”. Além de confiança, ele nos passou muitas informações e, em 2010, iniciamos nosso tratamento. Só quem fez/faz sabe como é estressante, tanto emocionalmente quanto financeiramente…
Infelizmente, nossas duas primeiras tentativas não deram certo, mas sabÃamos que tÃnhamos perdido uma batalha e não a guerra.
SabÃamos que não desistirÃamos, estávamos decididos e dispostos a fazer quantos tratamentos fossem necessários… e, com o apoio do nosso querido Dr., no ano seguinte, demos continuidade e, felizmente, após mais duas tentativas, em agosto de 2011 parte do nosso sonho se concretizou. Estávamos grávidos… rs…
Com a gravidez, veio a ansiedade de saber quantos eram… a chance de três bebes não nos parecia real, não acreditávamos muito nessa hipótese. Mais uma vez, Deus nos mostrou que não dependida de nosso planejamento também a quantidade de filhos que terÃamos.
No dia do ultrassom, nosso querido médico mostrava “luzinhas” piscando e dizia:
– Estão vendo essa luz piscando aqui? Podem dizer oi para o filho de vocês… e esta outra aqui? É outro bebe… silêncio geral na sala, e sentimos nitidamente uma hesitação por parte do Dr. e, logo após, ele solta a seguinte frase:
– Não… vcs não fizeram isso comigo… cenas para o próximo capÃtulo…
SaÃmos da sala em êxtase, sem a certeza se eram dois ou três bebês… E, pra quem acha que já tinha muita chance de serem três bebês… saibam que não foram os três embriões implantados que vingaram, foi apenas um embrião que se dividiu em três!
Elas são univitelinas, um caso ainda mais raro na reprodução humana.
Com a confirmação de que eram trigêmeos, nossa alegria se misturava com insegurança, que a gravidez correria bem, e chegaria até o fim, pois havia muita restrição. Com muito repouso (desde o 3º mês de gestação), fiquei em casa, a maior parte do tempo deitada. Fiz cerclagem (costura do colo do útero) e consegui chegar às 32 semanas e cinco dias.
Em 11/02/2012, chegam ao nosso mundo Aline (1.100 kg), Caroline (1.400 kg) e Gabriele (1.250 Kg). Apesar do baixo peso, única condição que as manteve no hospital, nasceram super bem, não precisaram de qualquer intervenção. Foram quase 30 dias na UTI Neonatal, mas elas saÃram super saudáveis e até hoje tem uma saúde, segundo o pediatra, muito forte, pois nem sempre adoecem ao mesmo tempo, coisa rara com trigêmeos.
Nosso mundo tornou-se mais louco, mais corrido, mas também, mais cor-de-rosa, alegre e, sem dúvida, mais feliz.
Digo que nossas trigêmeas são luz! Se os filhos escolhem seus pais, nos sentimos honrados de logo três nos escolherem.
Peço duas coisas a Deus: saúde e sabedoria. Saúde para dar o meu melhor a elas, e sabedoria para ser uma mãe diferente para cada uma delas, porque, apesar de serem trigêmeas, costumo dizer que elas têm apenas a data de nascimento iguais, pois são completamente diferentes na personalidade, nos gostos, portanto, precisamos ter sensibilidade suficiente para cuidar de modo diferente de cada uma delas.
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