Vírus da Poliomelite foi encontrado em Campinas
24.06.2014 – Aquelas famosas gotinhas que nossos filhos tomam com frequência nos postos de saúde, para prevenir a Poliomelite, e que muitos se perguntam “para que tomar?”, a resposta está aí: O vírus da Poliomelite foi encontrado em Campinas.
Embora esse “achado” tenha ocorrido em Março, o vírus da doença, que foi erradicada das Américas oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1994 e da Europa em 1999, apareceu no sistema de esgoto do Aeroporto Internacional de Viracopos aqui em Campinas (SP). De acordo com a Organização Mundial da Saúde, não há motivo para preocupação, já que fizeram novamente a coleta e o vírus não foi encontrado.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a detecção do vírus em Campinas foi algo ocasional. Foram feitas outras coletas de esgoto no mesmo local, um mês depois, e o causador da doença não foi mais encontrado. Até agora, nenhum novo caso de poliomielite foi registrado no Brasil – o último foi em 1989.
A causa principal para o ressurgimento dos casos é o deslocamento de pessoas pelo mundo.
A OMS afirmou que o vírus detectado é o poliovírus selvagem tipo 1. A descoberta ocorreu durante coleta de amostras realizada em março, na região. Segundo as autoridades da OMS, o micro-organismo é o mesmo encontrado na Guiné Equatorial, país da África Ocidental que ainda registra casos da doença.
O que é a Poliomelite?
Poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus (sorotipos 1, 2, 3), que pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas) e provocar ou não paralisia. Saiba mais aqui.
Como é transmitido?
O vírus é transmitido por meio de alimentos e água contaminados e também pelas gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa infectada, multiplicando-se no intestino. O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é, geralmente, de 7 a 12 dias. É durante este período que o vírus espalha-se pela corrente sanguínea e pode invadir o sistema nervoso e causar a paralisia, que ocorre, em média, uma vez a cada 200 infecções.
Quais são os sintomas?
Nas formas não paralíticas da doença, os sintomas mais comuns são febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta, dores generalizadas no corpo, vômitos, diarreia, constipação, espasmos, rigidez da nuca e meningite. Na forma paralítica, além desses sintomas, há a flacidez muscular, mais comum em músculos dos membros inferiores.
A poliomielite causa paralisias musculares flácidas, ao contrário de outras paralisias, que são rígidas. A paralisia pode afetar um ou vários músculos e, em consequência, causar deformações corporais várias. Em geral, a sensibilidade é conservada.
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Qual é o período de vacinação?
De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, aos 2 e aos 4 meses, o bebê recebe o vírus inativado. Aos 6 meses, a vacina é a poliomielite oral (VOP), em gotinha, com reforço aos 15 meses.
A orientação da OMS é que os países atingidos não permitam a saída de pessoas sem verificar a atualização da carteira de vacinação delas.