Piolho: Meu filho pegou! E agora?

21.03.2018 – Fala sério, a cabeça começa a coçar só de ler o título, né?! Por isso mesmo, resolvi compartilhar uma experiência por aqui: há 3 semanas, o Miguel (7), meu filho mais velho, pegou piolho. Isso é algo que todos nós estamos sujeitos a passar – principalmente no verão, pois esse bichinho ama o quentinho!

Piolho: Meu filho pegou!

Estávamos lanchando em família na casa da minha mãe quando o Miguel apareceu coçando a cabeça. Eu já tinha reparado o coça-coça há uns dois dias, mas na ocasião, ao vasculhar a cabecinha dele, não encontrei nenhum bichinho.

Pedi para a Michelle, minha irmã, olhar entre o cabelo do Mig, já que o Hector, seu filho, já havia sido vítima do parasita umas 3x na escola. Batata: meu filho estava com piolho!

A primeira reação de quem está perto de alguém que se tornou alvo dos bichinhos sugadores é coçar a cabeça (duvido que a sua não esteja coçando agora, rs). A segunda atitude deve ser pegar uma tolha e vasculhar o cabelo da pessoa para entender o que é o piolho. O terceiro reflexo é ficar chocada! Eita bichinho minúsculo e lazarento que tem o poder de se multiplicar em questão de horas!

Na cabeça do Miguel haviam muitas lêndeas. Elas são muito pequenas, meio esbranquiçadas e, para tirá-las, é preciso escorregá-las atééé o fim do fio de cabelo. Entre o cabelo do pequeno, a Michelle também encontrou dois piolhos!

Depois do pânico geral de quem nunca havia passado por isso, fui com a minha irmã até a farmácia. Ela me dizia o tempo todo que os bichinhos eram a coisa mais normal do mundo. Compramos o shampoo anti-piolho (Khell) e, por indicação da pediatra, um remedinho via oral.

No banho, seguimos a recomendação da embalagem. Após passar o pentinho, muitos piolhos saíram da cabecinha do Miguel. Fomos brincando e entendendo como era e porque esses bichinhos existiam. Achei importante fazer isso para ele não se sentir “diminuído” – mesmo porque eu também estava com lêndeas no meu cabelo e a recomendação inicial de todos foi que o pequeno não chegasse perto de ninguém. Ou seja: juntos, nós formávamos um time!

Depois de uma hora no banheiro (já era quase meia noite!), secamos bem o cabelo (uma recomendação indicada nas matérias) e o Miguel capotou! No dia seguinte, avisamos a escola, trocamos todos os lençóis da casa e ambos tomamos o remedinho oral. Eu vasculhei o cabelo dele nos dias que se sucederam até constatar que a praga tinha ido embora!

Como li tudo quanto é matéria e posts nas redes sociais e conversei com amigas pediatras, compartilho abaixo alguns aprendizados e dados técnicos caso você mergulhe na aventura dos piolhos, rs.

No mais, estamos vivos, salvos e sem lêndeas ou piolhos! =)

De mãe para mãe:

01. Não precisa ter vergonha! Ter piolho é mais comum do que nós imaginamos e não tem nada a ver com falta de higiene. O bichinho é simplesmente um inseto que, por sua própria natureza, vive no cabelo e se alimenta do sangue do couro cabeludo.

02. Avise a escola, as mães da sala (se houver um grupo de WhatsApp) e isente seu filho das aulas enquanto os piolhos ainda estiverem no cabelo dele.

03. Use o shampoo de acordo com as recomendações da embalagem e fale com o pediatra do seu filho sobre o remédio via oral, pois algumas crianças não podem tomá-lo.

04. As lêndeas precisam ser esmagadas (até ouvir um “crec“) e, após a passadinha do pente, é preciso certificar-se que os piolhos estão mortos. O ideal é jogá-los em um copinho com vinagre e, depois, dar a eles um tchau – junto com a descarga, rs.

05. Muitas mães compartilharam comigo a dica do vinagre, que consiste em colocar, em um copo, uma medida de vinagre para duas de água e espalhar a substância obtida na cabeça da criança. Depois, enrola-se os fios de cabelo do pequeno em uma toalha e abafa-os por meia hora, lavando-os bem, posteriormente. Entretanto, eu não cheguei a usar a técnica no meu filho, pois ela não tem eficiência científica comprovada.

06. Outras mães compartilharam a dica do óleo de côco, óleo de amêndoa ou o Tea Tree Oil (Melaleuca). Nela, deixa-se a mistura agir no cabelo do pequeno, com uma touca de cabeça, pelo máximo de tempo que puder. Para finalizar a caça aos piolhos, usa-se o pente fino de ferro (ele é mais apertadinho e vende em qualquer loja de bebê).

07. Duas mães disseram usar, como método preventivo, um kit de shampoo, condicionador e spray de arruda e citronela da marca Abelha Rainha. Outra mulher disse fazer uma mistura caseira com 1/2 perfume de alfazema e outra parte igual com água. Depois, basta colocar em um borrifador e aplicar no cabelo da criança todos os dias, antes dela ir para a aula.

08. Mães loiras como eu (hahahah), que têm química no cabelo, podem SIM pegar piolho! Muita gente disse que estamos imunes, mas não é verdade. Eu estava com lêndeas e mais de 10 mães compartilharam comigo que, mesmo loiras artificiais, pegaram piolho dos seus filhos.

09. Lave bem os lençóis, toalhas, fronhas e pijamas com água quente. Por aqui, na máquina de lavar, adicionei uma tampinha de lysoform no processo de lavagem e depois deixei secar normalmente no varal.

10. Piolhos não saltam ou voam, mas podem ser transmitidos através de contato íntimo, como abraçar ou dormir na mesma cama. O compartilhamento de bonés, roupas e escovas de cabelo também é um meio transmissor.

11. Mantenha o cabelo do seu filho curtinho e frequentemente preso, se possível. Além disso, peça para ele não compartilhar bonés com terceiros.

12. Animais de estimação não pegam piolhos!

 

Fontes que valem a leitura:

Pediatra dá dicas para tratar e evitar piolhos em crianças

Piolhos e lêndeas não têm relação com a falta de higiene

 

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Polyana Pinheiro

Escrito por: Polyana Pinheiro

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