Não obrigo minha filha a dar beijo e abraço nas pessoas
Ana Paula Gallo
Mãe da Sofia
♥ “Devo continuar educando a Sofia para dizer oi, tchau, obrigada, de nada. Mas resolvi não invadir mais seu “templinho” insistindo que ela beije e abrace quem eu queira.”
04.03.2016 – Sabe aquele momento que sua filha te coloca para refletir?
Semana passada fui buscar minha filha na escola (não busco sempre, pois trabalho o dia todo e ela sai meio dia), então sabem como é, aquela correria na porta, monitoras, mães, crianças etc… Quando peguei a Sofia, ela olhou para mim e disse:
“Mamãe fala tchau para o Bernardo!!! Mamãe dá um beijo na Nat!!!”
Naquele momento que eu imediatamente falei: “Tchauuuu Bernando!!!”
Não obrigo minha filha a dar beijo e abraço nas pessoas
Depois, parei e pensei: “ops, não tenho intimidade com a Nat para dar um beijo nela!!!” Mas para a Sofia isso seria natural, já que elas convivem todos os dias. (Nat é uma professora da escola que me entregou a Sofia)
Foi aí que iniciou minha reflexão: a Sofia comportou-se exatamente como eu quando tem uma amiga MINHA em casa, ou minha vizinha de frente, ou a mãe de um amiguinho dela, e tantas outras pessoas que eu já pedi que ela beijasse, no entanto, são pessoas de MEU relacionamento e não do dela.
“Será que eu não estou invadindo o espaço dela?”
Ou pior, sabe aquele templo sagrado que é nosso corpo? Pois é…
Sim, acho que devo continuar educando a Sofia para dizer oi, tchau, obrigada, de nada, mas depois disso, resolvi não invadir mais seu “templinho” insistindo que ela dê beijo e abraço em quem eu queira.