Dormir pra quê?

16.05.2013

 

Fazer o filho dormir… ah… parece tão fofinho, né? Só parece… rssss

Certo dia, aqui em casa, tínhamos duas tarefas: uma era fazer a Laura dormir a soneca da manhã e a outra era lavar um tapete de 2m x 2m, desses peludos, super difíceis de enxaguar e super pesado! Adivinha qual das tarefas eu escolhi? Lavar o tapete.

Enquanto eu esfregava, marido cantava, enquanto eu enxaguava, marido ninava, enquanto eu arrastava o tapete, marido arrastava a Laura pelo pescoço… rss… Não! Essa parte é brincadeira… rsss. Mas, com toda sinceridade materna que existe neste mundo, às vezes, sentimos vontade. E que atire a primeira pedra a mãe que nunca passou por isso!

Bom, estou falando aqui da soneca da manhã, que é fichinha perto do sono definitivo (ao menos deveria ser) da noite. Essa parte fica comigo na grande maioria das vezes. Se eu gosto? Olha… eu me divirto, me enfureço, depois me divirto de novo, amo, suo frio… e por aí vai.

O processo começa assim: desligo a TV, apago as luzes e inicio uma canção fofa e super antiga “tá na hora de dormir, não precisa a mamãe falar, um bom sono para você e um alegre despertar” e digo “vamos subir para dormir, né, amor?”. Subo, deito com ela na minha cama e começo a contar historinhas. Nem pense em subir para fazer Laura dormir se seu repertório não for rico e vasto. Lembre-se, o trabalho é árduo. Primeiro, vem os Três Porquinhos, onde o Lobo Mau morre e ressuscita cinco vezes no mínimo. Depois, a Chapeuzinho Vermelho sai pra levar doces para a vovó, pelo menos, umas oito vezes. Já a Branca de Neve come umas 12 maçãs envenenadas por noite aqui em casa e a Bela Adormecida tá mais para Bela acordada, né?! Sem contar que o coelhinho da Páscoa quase vira Papai Noel… porque, se deixar, a história começa em Abril e vai até Dezembro!

Isso que ainda nem mencionei que, ao mesmo tempo em que balbucio (porque a esta altura já estou quase dormindo) as histórias, Laura desenvolve um método bem pessoal de me mostrar uma aula de anatomia. 

9afe01fe6f2711e2873222000a1f9e77_7Enquanto eu falo, ela puxa meus lábios como se esticasse um bico de bexiga, enfia o dedo no meu nariz que, se eu não interrompo, é bem provável que o dedo saia pelos meus olhos. Ahh, os cílios… pobrezinhos… já devo ter perdido boa parte deles. Ela puxa sem dó! Lóbulo da orelha? Quase nem tenho mais.

Até aí o processo já dura mais de 1 hora. Não se espante se eu disser que já adormeci antes dela várias vezes. No mundo materno tem muito disso: filho que faz a mãe dormir… rsss. No geral, eu acordo com uma dedada no olho do tipo “Ei, eu ainda não tô com sono! Pode acordar e me contar mais 532 histórias!”

Entendeu agora o quanto lavar um tapete peludo, pesado, de 2m x 2m, daqueles que você precisa enxaguar milhões de vezes e quase perde parte da coluna tentando arrastá-lo se torna algo insignificante? rssss…

 

 

 

Placa-Patricia

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