Solteiros não são os “não escolhidos”, são os que ainda “não escolheram”
12.06.2018 – Há uns dias, um amigo querido me perguntou, indignado (obrigada pela indignação, rsrs!), o motivo pelo qual eu ainda estava solteira. Em seguida, ele completou “você é linda, inteligente, sensível e companheira. O que você está fazendo de errado? Você deve ser muito chata!”.
É óbvio que aquele questionamento, recheado de elogios e seguido de uma crítica, me fez sorrir com os olhos. Depois de respirar fundo e pensar rapidamente sobre o GRANDE MOTIVO, eu respondi:
“Talvez eu seja chata, ou talvez eu não aceite qualquer coisa. Estou descobrindo ainda, rsrs! Sei que, para a sociedade, as pessoas solteiras são as “não escolhidas”, mas, para mim, as pessoas solteiras são as que ainda “não escolheram”. E segui:
“Eu poderia facilmente aceitar o primeiro homem que aparecesse para mim, ou então me manter em uma relação que não me trouxesse felicidade, encorajamento e admiração, mas eu preferi continuar sozinha. Isso não é falta de opção, é uma escolha.
“Não jogarei fora
o meu direito de ser feliz
apenas para provar para o mundo
que alguém me quer”
Se eu desejo ter alguém? Com certeza! Sinto falta de um parceiro para compartilhar e multiplicar momentos, histórias e escolhas. Porém, não ficarei presa a uma pessoa que queira subtrair aquilo que eu já somei até agora, ainda mais se o motivo for a opinião dos outros. Não jogarei fora o meu direito de ser feliz apenas para provar para o mundo que alguém me quer. Se eu não quiser essa pessoa, desejo apenas que ela também não me queira. Isso é respeito!”
Um dia, conversando com uma colega sobre uma pessoa pela qual me apaixonei, ela me questionou “você vai deixá-lo ir embora?”. Eu respondi “não sou eu quem devo pedir para ele ficar. Se ele quiser ficar, vou me sentir muito feliz em tê-lo ao meu lado. Porém, se ele escolher partir, eu não poderei segurá-lo. Quero ser a escolha de quem eu escolher.”
Sei que provocações sempre existirão em um relacionamento e que debates e discussões são necessários para a evolução da relação e da construção de um ser humano. Para mim, entretanto, manter-se em uma relação onde não existe respeito, compreensão, companheirismo e admiração não deveria ser uma opção para quem ama a sua própria vida.
Já vivi relações com desrespeito, agressões, humilhações e infantilidades e é exatamente por esse motivo que estou afirmando tudo isso. Uma das coisas que aprendi com as histórias que protagonizei é que nenhum relacionamento dá certo se você não estiver inteira e não souber qual é o seu limite. Conhecer-se bem e apaixonar-se por si mesmo, diariamente, é uma missão necessária para que você não permaneça dependente do outro.
Portanto, meu amigo querido, SIM, eu ESTOU SOLTEIRA – por enquanto!