“Disseram que era maldade vestir minha filha de azul na saída da maternidade”

Segundo a mãe da Olívia (1 ano e 3 meses, atualmente), a roupa foi escolhida por ter a cor do manto de Nossa Senhora. (Foto: Arquivo pessoal/Isis Souza)

 

07.03.17 (Atualizado em 05.02.2019) – Era 2 de agosto de 2016 quando uma bebê fez com que médicas, enfermeiras e outros funcionários do hospital em que nasceu fossem vê-la no quarto. O motivo, porém, não era procedimento médico: Olívia vestia uma roupinha azul – algo que parece simples, mas que deu o que falar. “Disseram que era maldade vestir minha filha de azul na saída da maternidade”, conta a mãe da bebê, Isis Souza. Veja no relato!

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Isis Souza
Mãe do Miguel (4) e da Olívia (1 ano e 3 meses)

 

♥ “Isso só mostra o quão importante é sair dos padrões da sociedade.”

 

 

“Disseram que era maldade vestir minha filha de azul na saída da maternidade”

 

Sou casada e mãe de dois: do Miguel (4) e também da Olívia (1 ano e 3 meses). A Olívia saiu da maternidade com uma roupinha azul – o que foi motivo de muitos comentários negativos.

A saída de maternidade usada por ela foi comprada pelo meu irmão gêmeo, Homero. Naquele dia, eu estava chegando à 39º semana de gestação e comecei a sentir muitas dores. Fui para a maternidade, para que os médicos me examinassem. O resultado: era alarme falso. Fiquei um pouco preocupada com a situação e, sendo muito devota de Nossa Senhora de Aparecida, pedi um sinal de que tudo daria certo durante o parto.

Quando cheguei em casa, recebi uma mensagem do meu irmão. Ele havia me enviado uma foto: era a roupinha que ele havia comprado para Olívia, a famosa roupinha azul. Azul é a cor do manto de Nossa Senhora de Aparecida. Naquele momento, me senti cuidada pelas mãos de Deus. Ele havia me respondido!

 

“As pessoas começaram a questionar

o porquê dessa ‘maldade’,

já que Olívia é menina”

 

Na mesma semana, a roupinha azul foi para o varal. As pessoas começaram a questionar o porquê dessa “maldade”,  já que Olívia é menina. Percebi, ali, uma oportunidade de mostrar a todos que cor não tem gênero!

A Olívia nasceu no dia 02 de agosto de 2016, de parto normal. Até mesmo as médicas, enfermeiras e outros funcionários do hospital vieram ao quarto para vê-la usando a tal roupinha, que virou assunto pelos corredores.

Sempre sou questionada pela escolha que fiz. Mas, por que menina só pode usar rosa? Eu sempre gostei do inesperado, do impensável. Qualquer cor seria uma melhor opção do que rosa.

Decidi publicar a minha história em um grupo de mães e recebi 7 mil curtidas, além de muitos comentários positivos, mensagens de apoio e até mesmo pessoas que diziam que iam fazer o mesmo. Isso só mostra o quão importante é sair dos padrões da sociedade e que muitas pessoas desejam o mesmo.

Devemos seguir nosso instinto de mãe e não ter medo de quem somos. Podemos mostrar às meninas que elas podem e devem sair do padrão!

 

Roupinha azul: minha filha nasceu quebrando padrões!

* Informações do relato, como as idades das crianças, foram atualizadas para corresponderem aos dias atuais.

 

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