Mesmo feliz, duvido da minha capacidade de ser pai

mesmo feliz, duvido da minha capacidade de ser pai?

22.08.17 – Desde os 14 anos eu sabia que queria ter filhos. Sempre gostei de crianças. Me divertia brincando com os pivetes onde quer que eu estivesse! Era como voltar a ser um deles, talvez uma dificuldade de aceitar a fase adulta que se aproximava. Hoje, isso ainda não é claro para mim. Estou vivendo a paternidade, mas mesmo feliz, duvido da minha capacidade de ser pai.

Mesmo feliz, duvido da minha capacidade de ser pai

 

André Possati
Pai do Raul
♥ “Pensar que ele pode fazer a diferença e tornar o planeta um lugar melhor me anima muito”

 

Pois bem, mais de vinte anos se passaram daquela época e cá estou eu esperando o meu primeiro bebê. Quase vinte e cinco anos, na verdade! Parece muito? Sinceramente, tem dias que penso que deveria ter esperado um pouco mais. Quem sabe mais umas duas ou três vidas?

De fato, durante o início de minha vida adulta até 2 anos atrás, me envolvi com um monte de coisas e deixei de pensar nisso. A verdade é que eu nunca teria filhos se a minha mulher não os quisesse. E ela não queria, de jeito nenhum! Dá muito trabalho, tira a nossa liberdade, rouba a nossa juventude e custa caro, muito caro!

Acontece que, há quase dois anos, a natureza “chamouâ€. Da noite pro dia ela queria ter filhos e eu, como se tivesse me enganado durante 25 anos, achando que era imprudente da minha parte trazer uma criança ao mundo, me encantei e topei!

Mas por que, mesmo tão feliz, ainda tem dias que duvido da minha capacidade de ser pai? Será que o mundo é bom o suficiente para ele? Será que as pessoas vão respeitá-lo e acolhê-lo quando ele mais precisar? Como esperar que ele tenha uma vida boa com tanta desigualdade, discriminação e ódio?

Certamente não tenho as respostas para isso, mas pensar que ele pode fazer a diferença e tornar o planeta um lugar melhor me anima muito! Ele vai ter bons pais, por que não seria um bom filho, certo?

A minha maior expectativa na criação dele é que eu esteja presente e possa amá-lo muito, ensiná-lo muito, aprender muito com ele e sempre perdoar os seus erros, mesmo que ele herde só os meus defeitos e mesmo que ele não goste de mim tanto quanto eu sei que vou gostar dele.

Foi isso que meu pai fez por mim, e é isso que farei por ele. Seja bem vindo pequeno Raul! Papai te espera ansiosamente!


Mesmo feliz, duvido da minha capacidade de ser pai

 

Atualização

06.03.2018

O Raul nasceu e a Fernanda Pimentel, esposa do André, escreve um relato detalhado do trabalho de parto dela, que aconteceu com o mínimo de intervenção hospitalar possível! Clique aqui para ler!

 

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