Quando dois amores se unem: paternidade e futebol

paternidade e futebol

 


Marquinho

Pai da Giovana, 22 anos

 “Ela cresceu mais e aí começou a entender e a se apaixonar pelo futebol. Só não imaginava que seria tanto.”

 

Quando dois amores se unem: paternidade e futebol

Cresci vendo futebol. Sou de uma família de 04 filhos homens com um pai que adorava futebol. Toda minha infância, adolescência, e também, já como adulto foi acompanhando futebol.

Quando recebi a notícia que seria pai, por incrível que pareça, queria uma filha mulher. E assim aconteceu, Deus me abençoou com uma princesa chamada Giovanna. Sempre brincamos muito de boneca, porém, nos tempos livres continuava a acompanhar o futebol.

Minha filha cresceu me vendo acompanhar este esporte apaixonante, em especial, meu time do coração, o Corinthians! Quantas vezes ela se assustou com meus gritos de gol…

Cresceu, e como um pai influenciador, pelo menos no futebol, ensinei a torcer pelo meu clube do coração, comprei camisa e ensinei as canções da torcida. Ela cresceu mais e aí começou a entender e a se apaixonar pelo futebol. Só não imaginava que seria tanto.

Em agosto de 2004, aos 9 anos, a Gi me pediu para ir no estádio. O jogo daquele final de semana em Campinas era Guarani e São Paulo, então a levei no Brinco de Ouro. 3×3, cheio de gols. Ela ficou encantada com o clima de estádio. Pediu para ir novamente, mas dessa vez eu quis mostrar a maior torcida do Brasil, e a levei para o Moisés Lucarelli para assistir Ponte Preta x Corinthians, que, por coincidência se enfrentaram duas semanas seguidas, Copa do Brasil e Brasileirão, e lá estávamos nós nos dois jogos.

Ali, naquelas duas idas ao estádio da Ponte, percebi que ela havia escolhido o time do coração, a Macaca de Campinas. Gostou tanto da Ponte e de ir ao estádio que pediu para ir mais vezes. Aquela menina que até então eu tratava como minha princesa passou a ser minha companheira de estádio.

Como explicar… Aquilo, que parecia fora dos padrões, nos trouxe uma oportunidade maravilhosa que foi nos momentos de deslocamento para os jogos a chance de conversarmos sobre os mais diversos assuntos.

A partir de então, aumentou muito a proximidade e cumplicidade entre nós. As conversas começaram a ficar mais longas e cada vez com temas mais variados.

Todos sabem como é difícil dialogar com filhos adolescentes, porém, o futebol acabou por me dar a oportunidade de conversar cada vez mais com minha filha e trocar experiência que acredito ter ajudado muito no seu desenvolvimento como pessoa.

O esporte me deu esta oportunidade única. Independentemente de ter tido uma filha e gostar tanto de um esporte predominantemente masculino, me proporcionou ter vivido momentos únicos.

Foram muitas viagens, muito frio, muito calor, chuvas, muitas vitórias, algumas derrotas, mas, sempre juntos. Deixávamos minha esposa quase doida cada vez que tinha jogo, foram 4 anos sem perder uma partida sequer da Ponte no Majestoso, fora as idas a São Paulo para ver o Timão. Em 2011 fizemos algo muito especial: fomos para Porto Alegre acompanhar Internacional x Ponte, bem no final de semana do Dia dos Pais, inesquecível! São muitas histórias juntos…

Essa cumplicidade que criamos é assim até hoje. Tenho um imenso orgulho deste presente que Deus me deu e que é minha grande companheira, apesar de não ter conseguido induzi-la a torcer pelo meu time. Faz parte, é o futebol!


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