DIÁRIO DE MÃE: Pagando mico
27.09.2013 – Que mãe paga mico é fato!
Eu nem ligo mais! Já tive que almoçar com um pote de máscara de cabelos em cima da mesa do restaurante, já fui passear com as escovas de dente minha e do papai na padaria, já fui ao Shopping Galleria com um controle remoto imenso a tiracolo, já fui ao mercado com os cabelos presos com 2 laços enormes e coloridos… e tem muito mais coisas que nem lembro. Tudo isso porque tenho uma filha que, quando cisma com uma coisa, não há cristo que faça voltar atrás. Tô naquela fase que não resiste mais, apenas se entrega àquilo que você sabe que lutar será em vão… rsss
Segunda-feira fomos procurar uma dessas lousinhas verde simples, que ficam apoiadas em cavaletes. Coisa muito rápida… era entrar no shopping e sair! Pois bem, foram apenas 30 minutos. Só 30 minutos e lá fui eu pagar o mico da vez… rss
Laura é vidrada em bexiga, como quase toda criança. A loja (dessas grandes, de departamento) tinha pencas delas espalhadas e enfeitando os setores. Coloridas, pra piorar a obsessão! Daí começa, né? “Bexiga, bexiga, qué bexiga, bexiga”. E eu pedindo “calma, calma… a gente mal entrou na loja, Laura”. Ela é do tipo muito insistente quando quer.
Eu mal conseguia procurar a tal lousa… ela no carrinho, tentando sair do cinto e “bexiga, bexiga, bexiga” (eu já fingia nem ouvir mais… rsss). Peguei a lousa num braço, cavalete no outro e fui em direção ao caixa. Em casa tinha um saco de bexigas, eu que não ia comprar mais! Foi quando a moça do caixa ouviu a Laura pedindo e disse “eu tenho UMA ali, depois a titia vai te dar”.
Ok! A titia do caixa vai dar UMA bexiga vazia e a gente enche em casa, né, Laurinha? Foi o que pensei.
De repente,aparece a bendita com um fardo de bexigas, uma amarrada na outra, todas cheias e disse “espera que a tia vai pegar uma aqui, qual cor você quer?”. Qual cor você quer? Ela quis todas, claro! rsss
No corredor do shopping, a caminho do carro, o que se via eram dois pezinhos balançando em meio as muitas bolas coloridas. Risos e apontamentos foram inevitáveis. Eu queria muito ter parado para tirar uma foto, mas minha vontade de chegar em casa com aquela parafernália foi maior. Mas tive tempo de refazer a cena depois (a imagem à direita mostra… rss).
No carro, veio abraçada (na foto principal, no topo do post, olhe bem que dá pra ver um pé, um pedaço de roupa e um lacinho rosa). Eu olhava pelo retrovisor e ria de chorar!!! De vez em quando eu soltava um “tá tudo bem aí, amor?” … mas não ouvia a resposta abafada por um bando de borrachas fedorentas… rsss
Laurinha, Laurinha… minha inspiração, sempre!