“É hora de nós, homens, tirarmos nosso machismo das costas das mulheres”
08.03.2019 – Imagino como seria para nós, homens, termos nossa capacidade questionada, nossos salários reduzidos, nosso corpo violado – que seja com os olhos! – pelo simples fato de sermos homens. Também penso se fosse esperado que nós assumíssemos com maestria uma rotina de tarefas domésticas e a educação dos nossos filhos sozinhos. E se a nossa voz estivesse sendo calada?
Eu jamais aceitaria vivenciar tais situações, mas tudo isso acontece com as mulheres há séculos. Os homens foram ensinados nos moldes do comportamento machista, que é passado de geração em geração na nossa cultura. E as mulheres foram forçadas a aceitar, aprendendo a repetir os padrões de comportamento pregados pela sociedade. Assim, chegamos ao machismo.
O que estamos fazendo para mudar esse cenário? O que estamos ensinando para nossos filhos para que não absorvam essa desigualdade – seja em posição de abusador ou oprimida?
“É hora de nós,
homens,
tirarmos nosso machismo
das costas das mulheres”
É hora de nós, homens, tirarmos nosso machismo das costas das mulheres. Falarmos e refletirmos sobre o nosso comportamento, avaliar o quão tóxico ele pode estar sendo. Olhar além do que nos foi ensinado como aceitável. Perceber o impacto real que nossas atitudes geram nas mulheres ao nosso redor e o quanto ele também nos agride e prejudica enquanto seres humanos.
Não vamos não assumir o protagonismo dessa luta! Somente cabe a nós a responsabilidade pela criação e construção de um sistema melhor e mais justo, onde há o respeito pelas diferenças, liberdade e empatia. Sistema esse que respeita o ser humano nos moldes da igualdade – e que cada vez mais falemos sobre ela!
Do meu lado, acredito verdadeiramente que a paternidade ativa e responsável é o meio mais importante de nos informarmos e melhorarmos em vista do mundo que nossos filhos estão crescendo. Além disso, é sobre a responsabilidade do ser humano que estamos formando.
Através dessa paternidade, conseguimos combater o comportamento machista, apoiar a igualdade e questionar a sociedade em que convivemos. Podemos e devemos combater juntos o comportamento machista.
Autoria
Gabriel Costa, pai da Lara (7) e do Théo (5). Atua como Programador Neurolinguístico e Coach e, através das redes sociais, iniciou um projeto para falar sobre a própria paternidade e despertar, em outros homens, o desejo de entender e participar mais dessa jornada. Siga nas redes sociais:
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