As escolas estão preparadas para receber uma criança com alergia alimentar?

09.12.2019 – É muito importante para a saúde de crianças e adolescentes alérgicos que os professores e diretores da escola tenham a consciência sobre a doença do aluno e saibam identificar uma reação alérgica. As causas de alergia em ambiente escolar são semelhantes às encontradas no ambiente doméstico, como ácaros, fungos, barata (no caso das alergias respiratórias), alimentos e medicamentos.

No Brasil faltam estatísticas, mas os números se assemelham a dados internacionais quando o assunto é alergia alimentar. Cerca de 8% das crianças, com até dois anos de idade sofrem dessa condição.

A alergia alimentar quando não diagnosticada e tratada adequadamente pode trazer diversos impactos negativos, inclusive o déficit nutricional. Especialistas apontam que o tempo de remissão das alergias alimentares está se tornando mais prolongado.

O bullying é outra dificuldade que as crianças com alergia alimentar enfrentam, principalmente dentro do ambiente escolar.

Alimentos

Existem vários tipos de reações alérgicas alimentares e elas podem se manifestar em até duas horas após a ingestão do alimento. Essas reações podem surgir com o aparecimento de urticárias (placas vermelhas que causam coceiras), angioedema (inchaço dos lábios, dos olhos), agravamento do eczema (quadro de pele mais crônico, causando descamações sérias e lesões graves na pele), no pulmão (chiado no peito, dificuldade respiratória na laringe, aparelho digestório), diarreia, dores abdominais ou cólicas. Em casos mais graves, o paciente pode sofrer um choque anafilático e precisar de um socorro imediato. Os alimentos alérgicos mais comuns são: leite de vaca, ovo, trigo, frutos do mar, amendoim e soja.

O tratamento para esta situação é feito com a retirada do alimento causador da alergia e a escolha de um alimento substituto, nutricionalmente adequado, de acordo com a faixa etária de vida. É importante que o paciente entre em um processo de reeducação alimentar.

Alimentos que causam alergia

Leite de vaca: acima dos seis meses até um ano, utilizar o leite de soja. A partir de um ano, o leite pode ser dispensado, desde que se adote uma dieta balanceada, a base de cálcio

Clara de ovo: o ovo é dispensável se a criança tiver uma alimentação balanceada, à base de legumes, verduras e carne

Trigo: pode ser substituído por fubá e aveia

Frutos do mar: pode ser trocado por peixes. Porém, se o paciente tiver uma alimentação balanceada, a base de legumes, verduras e carne, os frutos do mar são dispensáveis

Soja: bebidas especiais com hidrolisados proteicos, com fórmulas que atendam as necessidades nutricionais do paciente, podem ser uma alternativa

Asma e rinite: O contato com o pó do giz, o acúmulo ácaros e mofo na escola podem desencadear as alergias respiratórias, como a asma e a rinite. A rinite é caracterizada por crises de espirros e coriza, nariz entupido e coceira no olhos, nariz, ouvidos e garganta. E a asma aparece com crises de tosse, dificuldade respiratória e chiado no peito.

Para evitar essas doenças, é importante manter o ambiente limpo, arejado e bem ventilado, assim como realizar a limpeza periódica de ar condicionado. As crianças alérgicas devem se sentar distantes da saída do ar condicionado.

Escolas

A grande maioria já tem nutricionistas e outros profissionais da saúde que podem auxiliar em algo que aconteça com as crianças. Se seu filho começar a ter alguma reação, leve ao médico para análise e exames necessários e caso comprovado, leve uma recomendação do mesmo para que a escola siga a risca para a saúde da criança.

Fontes de pesquisa: ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), NSC – Diário Catarinense.

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